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DONA
(André L. Soares)
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Passava todos os dias
Em frente à minha porta
– orgulhosa, senhora de si –
Vinha de saia curta
– quase menina –
O vento lhe soprando
De baixo pra cima
E eu parado, ali
Sem dela tirar os olhos
Que mesmo sem saber
Também já era
Dona de mim.
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